Qual o meu absurdo mundo?
não consigo respirar
aonde estou?
quero falar
mas não me deixam
calam a minha voz
me solidificam em um copo de pus
onde navego
onde quero chegar?
quem está na minha porta?
quem quer entrar no meu mundo?
é o meu ambiente noturno
existem mil morcegos no meu interior
não quero voltar
não quero mais ir para lá
está tão distante
está tão a quem de mim
e este copo de sangue
é só mais um sangue
quem está lá
quem me perseguirá lá?
qual o seu nome?
quem é você?
quem vai me levar
quem me conduzirá ao paraiso
vejo passaros voando
vejo alguém ao longe
e o palpitar distante de meu coração
no infinito farfalhar de minhas intranhas
e essa faca em minhas mãos
o que devo fazer com ela?
dúvidas malditas dúvidas que me comandam
quero dançar
quero achar graça da vida
mas não me deixam
me entopem de dúvidas
me desencorajam com suas palavra dúbias
estou tão demente
já não vejo mais o sol em teus olhos
e o farfalhar de teus cabelos
e onde está o meu copo de sangue
é só mais um dia
pra quê se prolongar?
é só mais uma noite pra quê luar?
vou deitar aqui e quem sabe...
nunca mais acordar
nesta minha vida
que se esvai em pus e sangue...
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