Camino por esta estrada

como um andarilho sem rumo.

Me deparando com os arboredos

que me acompanham no caminhar.

Caminho...

e os espinhos me ferem a derme

e se tornam permanentes,

enraizadas no solo fecundo de

minhas mágoas.

Caminho...

e ainda sim encontro as flores

e alguns amores

que simplesmente me fazem sorrir.

Caminho...

e em meio as dores e ao cansaço

repouso na sombra ampla

da árvore solitária do meu eu.

Caminho...

E ao cair me ergo e

retorno a caminhar.

Ana Santana Medeiros da Costa
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