Azul, verde e branco

Abro a janela após dias enclausurado em meus pensamentos
logo meu olhar divaga, perdido no balanço das folhas ou na ausência
me pego confuso se estou escrevendo uma despedida ou sobre permanência
do azul tímido me pego numa conversa simples sobre meus sentimentos

Pensando novamente em maneiras amenas de findar com o sofrimento
sabendo que não teria forma com as nuvens difusas do dia de hoje
ponderando como todos ficariam se chegasse no ímpeto esse momento
uma ideia que antes era semente, ficou verde e já se apresenta madura

Busco agora uma forma de postergar esse desejo de alcançar outras cores
lilás se mistura lentamente com o pesar de quem cuidaria das minhas meninas
e minha família que tanto me apoia, mesmo assim desisto um mais a cada dores
até aqui penso demais, esse conflito interno que dobra comigo por todas esquinas

Deixo aqui a certeza da dúvida, qual será minha escolha eminente de fato
quero que logo passe essa dor, a minha, a de vocês e me aqui agora me calo
espero que apareça uma forma menos direta para escolher com mais tato
agradeço a todos vocês que se manteram comigo, lembrarei disso até o fim. 

 

João Ramiro
© Todos os direitos reservados