Vendo a carroça passar,
Com o condutor apressado,
Fiquei a imaginar:
E o cavalo, coitado!
Suado e dando pinote,
Puxando um peso danado,
Se não anda, vai chicote;
Se parar, couro dobrado.
Trabalha duro sem ter
Um descanso em toda a vida
Sua paga é receber,
Feixe seco de comida.
Fiel e batalhador,
Nas guerras de antigamente,
Conduzia o lutador,
Morrendo também nas frentes.
Na construção das nações,
Sempre fez o mais pesado;
Puxando pedras, mourões,
Erguendo muros e fardos.
Por ser nobre sem bandeira,
Tem o destino específico,
Não aguentando a coalheira,
Seu futuro é o frigorífico...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença