A vida procura a morte
Numa ruazinha torta...
Diz a vida: - "Estou vivíssima!"
Aduz a morte: - "Eu, morta."
- "Eu sempre contemplo a aurora
Pois me vejo refletida!"
- "Eu por nada me embeveço:
Sou o começo da partida..."
- "Eu trago a alma repleta
De desejos e emoções."
- "Eu sou o que nunca foi,
As próprias decepções..."
- "Eu vibro a cada conquista
Que a minha luta descerra!"
- "Eu nada vejo nem busco,
Pois me escondo sob a terra..."
A vida então foi calando
Porque ficou deprimida.
Depois igualou-se à morte,
Sem esperança, sem vida.
Eis a dura realidade
Que nos põe a meditar:
Pra realizar-se na vida,
Não dê azo para o azar...
E entenda este princípio
Como sentença final:
Quem vive em busca do bem,
Que não se revele ao mal.
Luiz Carlos
© Todos os direitos reservados
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