Minha voz, nada aveludada, é estranha

Olhares. Lábios entre risos,

esta voz arranha,

e,  dos lábios meus, o doce sorriso.

Do meu silêncio, falhas de palavras,

o tímpano cumprimenta a melodia,

mas, as palavras, estas chegam deformadas,

são minhas deficiências.

Miopia dos meus olhos,

Que carências.

Minhas deficiências.Assim sou,

assim vou, assim estou.

Escuto o necessário,

falo a emoção,

Vejo a natureza em ação.

Minhas deficiências, todavia,

falo, escuto e olho o eterno e divino amar.

 

Socoro Vieira
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