“Dedos, a tristeza me espera”.

“Dedos, a tristeza me espera”.

O delírio, delirantemente vazio.
E eu ainda não sei o que fazer neste mundo,
Sou apenas mais um na multidão,
E você, nem se importa com qualquer um.

Corte seus dedos,
Antes que eles furem meus olhos,
Essa sua boca maliciosa, escorrendo cinzas,
Não corte meus dedos!
Não vá aquele lugar sozinho,
O monstro que destrói vidas,
Quer sugar minha alma, e mais longe me deixara, sozinho...

(O velho maldito sem paz, sem seus anjos, livre de novo!).

Atropelado na angustia,
Sem ter com quem chorar me deparo com mais uma situação caótica,
No subterrâneo da minha alma sofrida,
Ainda existe a saudade dos dedos perversos,
E o coelho tarado nunca ira sair da minha cabeça,
Ele apenas quer sugar minha alma, e me deixara aflito, e como se não fosse pior, muito, muito longe...

Canto com todos os gritos mudos,
Calados,
Platônicos,
Sem vida...

No mar da desilusão se encontram os caídos,
Os que já tentaram buscar sua felicidade,
Frustrados...
Seus dedos não foram inteligentes.

Os dedos medíocres, que me querem ver sofrer,
Malditos!
Penso em sorrir, imaginando a existência de dedos sinceros e carinhosos,
Mas nunca conseguirei sorrir...

Chupei todos os limões do desgosto,
E dançando na chuva acida,
Derreto esse corpo inexplorado,
Pelo amor abandonado e largado.
Use o botão de autodestruição, se encontra na superfície da vida,
Superficial,
Banal!
Medo,
Eu não consigo ter medo daquilo que não vejo,
Peguei mais uns amargos e mastiguei,
Dançando na escuridão, nunca sei quem esta me traindo,
Desordem total,
Amasos nervosos,
Sexualmente ilegais.

Ao som do piano psicodélico me deleito a girar,
Fora do ar,
O som não brilha mais, ficou desfocado,
E as imagens ficam silenciosas,
Mãos me percorrem o cérebro, vasculhando alguma comida,
Nada sobrou deste cérebro sem sentido.

Ate que minhas mãos sequem,
E meus dedos sejam cortados,
Eu nunca descansarei em tentar ser quem eu quero,
Voar, para muito longe,
Com aquilo que me fará flutuar nas nuvens pesadas,
E relaxar nos furacões pasmos de stress.

Nada nunca esteve em seu lugar,
Ontem eu queria acordar e chupar um limão amargurado,
Hoje, eu me esgoto, tentando procurar a fruta sagrada,
O jogo da vida é duro de jogar,
E a monotonia quer matar,
Neste mundo sombrio e sem amor,
As almas vivem a buscar soluções,
Tentam se prender á coisas vãs,
E acabam morrendo,
E nunca morrem pela minha vida...

Às vezes eu estou triste, daí eu grito e saio dançando,
Na dança da dor, as lembranças não querem ajudar,
As porcelanas não serão quebradas,
E as unhas continuaram a crescer,
Mas as suas nunca irão furar meus olhos,
Pois está à milhas de solidões a fora neste mundo...

Carbon Kid
([email protected])
27/06/06

Num mundo onde nada é real, algo se pode esperar, acompanhado das alucinaçoes, o meu suspiro...

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