Por trás desta face de anjo jaz um demônio...

Tão bela por fora, tão podre por dentro.

As portas da ilusão, inadvertidamente, adentro

E sou tragado na tua loucura, em teu malévolo Pandemônio...

 

Corri para teus braços esperando um carinho... Deste-me plutônio.

Tua radiação venenosa consumiu o meu bem, tirou o meu centro...

Este amor doentio e estranho, no qual, incônscio, eu entro

É o capítulo final de minha elegia. É um tormento a cada neurônio.

 

Flor solitária da esquizofrenia, bipolaridade dos enfermos.

Puseste um termo em cada um dos termos

E eu me enganei nesta quase perfeita alucinação...

 

A mentira é bela, mas como um câncer o qual devora,

O espírito e o coração lentamente, mas ávida, deflora...

Teu amor sombrio nada mais foi que mera ilusão!