Em minha mente, em meus sonhos, em todos os meus segredos

Um espião perscruta, ávido por informações, louco pelo domínio.

Não posso permitir, antes levar minha alma ao extermínio.

A um inverno composto pelas flores mortas de todos os medos.

 

Leve-me ao nada, leve-me ao silêncio, ao mundo dos últimos degredos!

Se não há nada, não há amor, sofrimento e nem o escrutínio.

Mantenho as portas fechadas para um novo fascínio

E com isso fica escancarada a porta de dias tão azedos...

 

A cada lição aprendida em minha vida, um novo erro cometido.

Deixem-me só com toda a minha desgraça, toda a minha vergonha...

Que me interessa uma palavra doce para depois a pedra ser arremessada?

 

Tranquei a porta. Do outro lado fica o meu universo negro e perdido.

Palavras e ações de todas as partes tem a suavidade da peçonha

A qual alenta e depois fere... E deixa a porta do meu eu escancarada...