E quando meu corpo deixar de existir, meu olhar se perder no tempo, minha voz se esvair com o vento, guarde-me na memória.
Quando meu silêncio dentro de casa ecoar em seu coração, lembre-se dos acordes simples do meu violão.
Cante a música que um dia marquei...
Depois de olhar as fotos que tiramos juntos, rememore a ocasião de cada foto, principalmente dos sentimentos envolvidos.
Acho que não haveria maneira melhor de aproximar-te de ti.
Naquele dia em que você olhar os cartões que lhe escrevi, não deixe que as lágrimas rolem por seu rosto, manchando assim, o papel já amarelado.
Dobre-o novamente e devolva à gaveta. Saber que choras por mim não é o quero para ti.
Ao passar pelos lugares que passeamos juntos, ria, conte a história para quem estiver contigo.
Quando meu espírito partir, encontre meus traços em nossos filhos, eles são nossas cópias autenticadas.
Reflexos diretos do nosso amor.
Mantenha a calma nos primeiros dias da minha ausência, será vital para colocar sua vida em ordem.
Abrace o meu travesseiro como se fosse eu mesmo, sinta meu cheiro, assim você irá adormecer, pois sentirás o meu abraço.
Quero que saiba que estarei do outro lado rogando por sua paz.
Depois de um tempo, encontre um novo amor. Você tem amor demais para mantê-lo consigo, portanto, divida-o.
Eu te amo demais e jamais seria egoísta ao ponto de privá-la disso.
Por fim, agradeço muito por tê-la vivido, por poder ter dividido tudo o que quis, por ter conquistado tudo, nossos objetivos, e por ter feito o melhor de mim para te tornar feliz...

 

Carlos Eduardo Fajardo
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