A Bandalheira

Pus-me a rever a história
Deste querido Brasil
Seu passado tem glória
Seus heróis são mais de mil
 
Neste século encontrei
Facínoras de categoria
Que roubaram nossa grei
Quando deles era a chefia
 
O Ministro por cabeça
Deputados, Senadores
Roubando dinheiro à beça
Dos cidadãos sofredores
 
Foi tão grande a roubalheira
Que a nação se articulou
Pra coibir a bandalheira
O Supremo, os julgou
 
Essa corja de safados
Sem um pingo de civismo
Teve os votos sufragados
Na bandeira do cinismo
 
É gente despudorada
Sem um mínimo de preparo
Que de gente, não tem nada
A não ser o seu *descaro
 
Presidente não sabia
Assim o disse à nação
Mas nossa grana sumia
Nesse tal de mensalão
 
Não havia honestidade
Só astúcia nessa classe
Era tal a sagacidade
Que dispensava repasse
 
Esse tal de mensalão
Diziam não existir.
-Nosso povo é bobalhão
Nos é forçoso mentir.
 
S’estava d’olhos vendados
Finalmente os desvendou
Se ouvidos, eram tapados
Igualmente os destapou
 
Ignorando a vergonha
Esfacelam a nação
Tomam vinho da Borgonha
O povo, água do charcão
 
Pervertendo a verdade
Enganam o povo singelo
Eles, são na realidade
Como uma pedra de gelo.
 
 Escondem dinheiro na cueca
Na meia e no sapato
Eles são levados da breca
Espertinhos como rato.
 
**Solipsismo de ateu
Na defesa do interesse
No interesse do seu eu
O povo, nada merece !
 
Feira de Santana, 11/10/2012
Armando A. C. Garcia
 
Visite meu blog: http://brisadapoesia.blogspot.com 
·        Cara-de-pau; falta de vergonha
**  Doutrina na qual a realidade é o eu.

 

ARMANDO A. C. GARCIA
© Todos os direitos reservados