Pelo vento que sopra sinto a essência desta terra
Molhada pela chuva que cai em fim de tarde
Colorindo os sonhos, um olhar que desperta
O coração que faz da paixão a beleza da arte

A mercê da fantasia quando a lua ainda incerta
Entre nuvens de algodão, vagueia por toda parte
Iluminando os versos da poesia que alerta
Um olhar distante retratando o seu disfarce

No presente do tempo ausente de certeza
Do futuro em que o caminho é longo e incerto
Meu pensamento é cansado, vazio e deserto

Vagando pela dimensão respirando a natureza
Com a alma em carne viva, coração aberto
Sonha com prazer um mundo mais sincero

 

Murilo Celani Servo
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