NÃO, NÃO FUI EU !

 

 

Certo !  Não   somos  de  não   ser

Mas   ficaremos  do   já   ter   sido

E  você  sabe  a  razão,   ou  não ?

Não, não  fui  eu  que  te  perdeu !

 

Sim ! Há lamentos  e cá  o submeto

Nesse  magoado  e  roto  compasso

Passos  impensáveis  aonde vai  dar

Desperdícios do  antes  roendo  hoje

 

Foram  esses  belos  exageros  tortos

Dos anos  doídos que se extraíu rindo

Quando  assim  dizias:   "tudo  bem" 

Pensava, eis a  ingrata rindo  de mim

 

Quanto  as  madrugadas,  veja  bem !

Naquele  luar de  algo  mais de haver

Morrias  muito  de  paixão; extremada

Mas  só  que . . . de  vez  em  quando 

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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