Parece-me tocar coisa alguma
quando entre nós persistiu esse aspecto de sombras
e não sinto tua pele mais colada a minha
Ontem eu andei por aí pensando
queria-te agora, deixava-te estar assim
e o momento em que hás de ser
não serás, debandada de ir-te evaporando . . .
Mea culpa
esculpida em pedaços no muro da memória
enquanto paira nele ainda teu perfume
Desatado nó que supunha amor
do que lá havia
Como será esse profundo silêncio do abandono ?
Mea culpa
Nada consola menos que um coração fatigado
pedindo socorro, levando apenas
o que essa vida joga fora !
E o assumido disso que se sentiu
que morre e morreu à toa, já não pode nada
range, estola, estanca
Ah! Sereno aluvião, que só estronda abaixo em queda
levando de roldão tudo . . . menos
[ Mea culpa
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