Tu me magoas profundamente
Quando não massageias meu ego transbordante
Quando não me dás a atenção excessiva
Com a qual me acostumei.
Feres-me rudemente quando não responde minhas perguntas,
Quando não vês meus agrados,
Quando não me olhas nos olhos.
 
Não posso viver de elogios falsos,
Quando sei que os são.
Meu carinho é frágil, minha carência é forte.
 
Como podes concordar com algo que nem ao menos vês?
Como podes dizer amar-me, quando não buscas conhecer-me?
Meu egocentrismo seria assim, tão exagerado,
A ponto de entristecer-me sem motivos sólidos?
 
Como poderei eu perdoar-te?
Que espécie de perdão eu hei de te dar?

Bianca Goulart
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