Eis que mutas em mudas cores
E falas em letras caladas...
Eu tento, mas não te advinho
Apenas desejo teus amores.

Eis que te desejo o vinho
Que sinto com meus olhos
Eu tento os sabores
Em tantas fotos cruzadas.

E as palavras soltas
  Em sólida construção
De berço ou de lápide?

Talvez do nascimento de um amor
Ou de morte indolor
Estanque de uma paixão.

 

Dedicada à Cy.

Pedro Aldair
© Todos os direitos reservados