O sal que colhi em teu corpo
Cortou minha saliva na despedida
E a lembrança de suas medidas
cobrou-me cada entorno...

Suspiro em uma duna sem cuspir,
sem fôlego, tonto, sem cio...
Onde te encontrar?
Onde poderei novamente amar?

O sal colhido em meu copo
Esteve em minha boca
e em teus seios de loba.

Confundo-me no doce de tuas palavras
Quando lágrimas refletem
tuas costas nuas e frias a se afastar.

Pedro Aldair
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