Diário morto.
Hoje uma parte de mim parece estar morrendo
Sinto medo das minhas próprias palavras
Não sei em quem posso confiar
Sinto medo da atitude das pessoas
Um sentimento de dor, de impotência invade meu mundo.
Não suporto esse lado egoísta das pessoas, essa mania de achar que o mundo gira em torno de si mesmo.
Ontem ao ver um homem caído num banco de praça me dei conta de que o valor humano vale tão pouco perante a sociedade.
Às vezes fico me perguntando, até que ponto isso vai chegar?
Estou cansada de tentar fazer a diferença, e depois de todo meu esforço isso não significar absolutamente nada, se eu pudesse... Tudo seria tão diferente.
Eu queria entender o que se passa na cabeça de algumas pessoas, por que o amor não supera tanta maldade?
São perguntas que não calam, e isso dói muito, principalmente quando se trata da imbecilidade daqueles que acham que os culpados sempre é o próximo.
Em momentos como esse fico a pensar na importância de uma família, e me dou conta de que a minha também não é o exemplo, não é o pilar que necessito, não tem entendimento, simplesmente tem um nome que no entanto é vaziu , não me dá escolhas e simplesmente me afasta, parece que o vento passou levando até mesmo as folhas secas para evitar que de frutos, estou perdida, me vejo sem forças e não me sinto compreendida pois são poucos que conseguem observar o que se passa a sua volta sem se indignar consigo mesmo, e são raros aquele que buscam me compreender, se sou diferente o que importa?
Isso não significa que não tenho planos que não tenho sonhos.
Eu apenas queria compreender, ou ao menos me sentir viva em momentos como esse aonde tudo parece se opor diante de mim, busco algo sem mesmo saber o que procuro... Simplesmente busco com se estivesse perdido.
    Kerles cássia.

no quarto de madrugada

kerles alves de cassia
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