Fala aí meu irmão
Meu papo é com você
Qual foi, sangue bom
Escuta o que eu vou dizer

Vou mandar a real
Sobre um grande mal
Parece surreal
Mas "geral" acha normal

Seja João, seja José
As quatro e meia tá de pé
Pega ônibus lotado
Chega todo apertado
Tem quem pega trem
Grupo de João ninguém
Sofredor, trabalhador
As vezes pega o metrô

É explorado, cobrado
Pobre assalariado
Vive sendo enganado
Por quem tem mais poder
Trabalha sem parar
Não consegue almoçar
Não para pra descansar
Se não o emprego vai perder

"Lá fora tem um monte querendo teu salário"
Esse é papo do "incrível" empregador
Que se acha muito esperto e faz pobre de otário
Ele acredita ser mais que um "ordinário"
Ele não passa de um peão torturador 

"Direito trabalhista? Não me venha com piada
Eu mando, eu sou doutor, para com essa paçada!"
Eles gritam e acreditam na ilusão esnobe
De que essa sujeira só bate na porta do pobre

Mas tem mais um problema
Tão cheio de esquema
O antigo dilema
"Em quem devo votar?"
Opção não existe
Mas o povo insiste
No cara que não desiste
De se eleger pra nos roubar

Segurança inexistente
Saúde deprimente
Escola sem docente
Aonde isso vai parar?
Povo sem pagamento
Povo sem alimento
Povo sem sentimento
Como conseguem aguentar?

Rombo na previdência
Roubo em insistência
País de aparência
O gringo ama esse lugar
Ele é bem tratado
É sempre elogiado
E o Brasil calado
Sofrendo sem reclamar

É fome no nordeste
Lá ninguém investe
Sofrimento "da peste"
Não tem água pra beber
É escola quebrada
Hospital sem maca
Agricultor sem vaca
Como vamos viver?

É ordem de soltura
Falta de cultura
O povo atura
Será que gosta de apanhar?
É falta de respeito
Tudo o que eles tem feito
Tem que ter um jeito
Tem que melhorar

Mas a galera ajuda
Quando fica muda
Diante da absurda
Situação do país
A galera se esquece
Apatia que padece
E quando o ladrão aparece
Eles pedem bis

E o tal do João
Com seu coração
No meio da mão
Aflito está
Não com o governo
Nem com seus direitos
Mas com quem seu time amanhã vai jogar

É preciso reagir
É preciso decidir
É necessário falir
O que destrói a nação
A corrpução arrancar
As leis mudar
E não mais tolerar
Façam a revolução

Acorda, brasileiro, você tá sendo esfolado
Acorda, brasileiro, tá pegando pro teu lado
Acorda, brasileiro, porque se não acordar
Até na liberdade a mão vão colocar

Acorda, parceiro, tá na hora de agir
Acorda, brasileiro, não é hora de dormir
Acorda, que em breve a turma vai tazer
A corda que em fim vai enforcar você