Entenderas meu ideal desvairado sem lógica musical e nem acordes de lagrimas,
talvez um pouco ante lúcido  com um piscar de olhos azuis,
entenderas meu o ócio 
assim como não entendes seu próprio olhar,
perdido nesta tempestade cinza ,
nem a tulipa sacrificada que agora voa no vento
 restando-te apenas a força de um beijo eterno,
como um dia de memória ou quem sabe outonos caminhando em seus pés 
e lagrimas de chuva evaporando do telhado.
Agora a criança que mora no retrato
ganha a imortalidade como pagamento pela prisão eterna
e meu ideal se faz fascinante e lúcido como esse dia de primavera.   

ROBY CARVALHO
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