Não consigo fazer poesia
Se a guerra toma conta do morro
Não consigo sentir alegria
Se favelados pedem socorro
 
Se Cristo de braços abertos
Não consegue a paz celebrar
Insisto com choro aos versos
Nessa guerra irmãos irão chorar
 
Em pedaços sinto meu coração
Na tela vejo sangue distorcido
Pessoas sem alma ou emoção
No incendio o céu escurecido
 
Corre pessoas desvairadas sem consolo
Pede proteção amordaçadas na caminhada
Sofre crianças sem proteção no colo
Esconde sofrimento da bala perdida
 
Envio reforsos em minhas orações
Que cesse sofrimento e paz venha celebrar
Que a cidade continue nas canções
Nos braços do Cristo sintam seu abraçar

Carlo Magno 25/11/10

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