Poesia: MINHA MÃE

MINHA MÃE

Sei que fizeste o do alcance
Mais por que não podias dar
Tinha lá as tuas deficiências
Como nós os filhos também
 
Naquela cama de hospital
Muito fiquei sabendo de ti
E do que levaste na alma
Sem com ninguém dividir
 
O teu documento falou muito por si
Carregaste em silêncio o que ali vi
Na tua identidade pai não havia
 
Nunca abriste nas conversas
De meus irmãos só um sabia
Outros de mim nunca saberão
Pois este silêncio quiseste só
 
Em nenhuma vida há injustiça
Do que sofremos aprendemos
Mas calada fostes sem dividir
Nem comigo esta tua desdita
 
Carregaste como saco de areia
Durante toda tua vida inteira
Aquela linha vazia tão pesada
Que explodiu ali na minha cara
 
Faltou-te coragem de chutar baldes
E na alma enterrastes teus segredos
Sem alivio afastaste a paz bem vinda
E não compartilhastes o peso que alivia
 
Aceitar o que com a vida nos veio
É o melhor para um novo destino
Não importa o que de carga venha
Mas sim como de leve a tornamos
 
Das leis do Criador vem o destino
E do reconhecer delas o perdão
 
Espero
Não importa onde tu estas
Mas que deste reconhecimento
Tu estejas ansiando
 
www.hserpa.prosaeverso.net

Em qualquer situação da sua vida procure se lembrar:
'Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de sí mesmo' Roselis von Sass - graal.org.br

HSERPA
© Todos os direitos reservados