Na curva do rio um milhão de palafitas

as dose e quarenta e cinco o mar agora dorme

os boemios já estão postos no salão principal

dusentas envelhecidas garrafas de um bom parisience

mil cubanos esperam para aromatisar os cartiçais

o palco brilha a grega voz de ouro-negro e em pó

das minas de carvão e pedras

saltam os brailes falantes

o solo de táco soa os quadris de pecado

com quatro de decote e trinta de busto

as raparigas sorridentes escondem-se

em suas mentes apenas vadios cavalos com suas

eguas insaciaveis.

cinco e quarenta e cinco o ensaio agora pode ser

lido.

 

Boca da Mata
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