Perdidos

Às vezes no meu silencio
Tento saber onde a gente errou
Às vezes me pergunto por que não deu certo
Nos, seres humanos e nossa incrível
Capacidade de destruir o que poderia ser
Belo
Depois, simplesmente desaparecemos
Sem rosto
Sem fotografias
Sem lembranças
Exato, ate às lembranças a gente cospe
Pra fora
Não vou entender nunca
Essa nossa capacidade de esquecer
Fico tentando entender
Ate onde poderíamos ter ido
O que faltou pra gente se acertar
Uma noite cheia de amores e carinho
Um dia inteiro pensando naqueles momentos
O outro dia
Cada qual pro seu lado
Nenhuma lembrança
Nenhuma saudade
Raiva
Egoísmo
Vingança
A rua vazia
E uma noite sem vida
Não entendo isso
A gente parece sempre querer errar
Escolher o mais difícil
Mais a frente
Nem sempre achamos coisa melhor ou mais feliz
Mas insistimos
Levamos em frente
casamos
Com o que não nos faz feliz
Escolhemos viver sem paz
E com uma batalha a cada dia
Sem respeito
Sem olhar para trás
Sem lembrar-se do que
Poderia nos ter feitos felizes
Choramos pela morte
Mas escolhemos matar a vida
Abrimos os dedos
E deixamos a felicidades escorrer
Velhos amigos
Deixados para trás
Guiados por caminhos diversos
E a gente levando a vida
Sem briga
Sem garra
Sem riso
Sem gosto
Amarga
Mais uma noite sem sexo
Escolhas infelizes
E a gente caminhando sem rumo
Mas vivendo
Ou brincando de viver
E eu continuo não entendendo
Nossas escolhas
Bala na cabeça
Pra um final feliz
Um beijo
Amargo
Vida bela vida
O dedo de Deus não erra
Sua criação
Vaga
Cada dia mais autodestrutiva
Sem fé
Sem um sinal de luz no fim do túnel
Em nome do Pai
Do Filho
Do Espirito Santo
Amem