Foi assim meio sem querer
que deixei que os acontecimentos
me levassem aonde quer
que fossem.

E quando vi, estava
perdida no meio do
caminho sem saber
como agir.

Deixei que tirassem
de mim meu sorriso
franco, minha
alegria de viver.

Me afoguei em lágrimas,
de decepção e dor quando
aqueles que pensei
fossem meus amigos
me apunhalaram pelas
costas, traíram minha
confiança, quando riram
de mim, da minha desgraça.

E aquele que “pensei” que me
amava, mostrou-se frio e calculista,
alguém incapaz de aceitar
a minha condição humana
como pessoa, como mulher.

Quando tudo o que mais
queria era apenas ser feliz,
fazer feliz aqueles que
por mim passassem.

E muitas vezes fui incompreendida
e tantas outras confundida e mal
interpretada, por olhos alheios
e maliciosos e cheios de maldade.

E então tranquei-me para o mundo,
o meu coração ficou inerte, com medo,
indeciso, sem saber o que fazer.

Acabei perdendo minha própria
identidade, quando pensei que
minha felicidade dependia de
outra pessoa, que tinha medo
de me fazer feliz.

O pior homem do mundo é o indiferente, porque seu coração
é um deserto, e no deserto, não nascem flores...

Dourados, MS