A realidade, a alma do poeta machuca, fazendo sofrer.
Mas a palavra nele se acalenta e dá prazer.
Ela vive no seu mundo, transcende a se vai...como névoa ao amanhecer.
Um a um ela cutuca; “ei, psiu, você aí, quero falar, contigo quero ter”.
Cabe à ela sua mensagem trazer.
Mas de nós precisa, para sua conexão fazer.
Porém, nada encontra senão o coração do poeta, para dela entender.
Poeta este a todos visto como louco, que nas madrugadas delira um pouco
Em busca nos teus versos, faz a lira, no escrever.
Palavra livre, com sentimento, letra morta ou viva sempre no tempo, a fenecer.
Lá está ela e aparece como entidade, um ser.
Eis a palavra: que de nós faz parte e teima em viver!

Luciano Roriz - ALCAI
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