ENTRE FESTAS E VELÓRIOS

A morte é certa,mas viver é uma incerteza constante.

Somos frágeis,inconstantes e pequenos na roda da vida;

na roda da história.

Somos felizes por poucos instantes,infelizes  pela

vida inteira, e nossos orgulhos,invejas e prepotências

nos cegam para ver as verdades...que verdades?

Entre festas que nos  deixam inebriados,embriagados e por trẽs dias

felizes,vamos aos poucos enxergando a realidade escondida

por detrás de cada copo de bebida,cada droga engerida...e droga

fica as nossas vidas,sem rumo e só frustrações é que

padecem em nossos corações em forma de arrependimentos.

A ilusão das alegrias...as festas cabam um dia,e nossas vidas também,

um dia seremos apenas um rastro de lembranças entre amigos e parentes,entre filhos e mães

que nos pariram...entre aqueles que nos amaram e mais ainda,entre aqueles que ainda

podem nos odiar...seremos anfitriões de nossos próprios velórios...pois...

entre festas e velórios...o melhor é ver os que choram,nos demontrando que a vida

é pequena demais para perdermos tempo buscando apenas a felicidade.

Chorar e perder é parte de nossas vidas,mas querer apenas sorrir...é parte egoista

de todo ser humano que não entende nada da vida...entre festas e velórios,a

verdade está na morte.

Charles Feitosa de Souza
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