Encontrar-me só me traz um pranto de choro!

Sou apenas solidao recordada numa visao dos tempos conjugados, em translucidos sentimentos passados...

Choro de pensamentos, á tanto perdidos em memorias ja esquecidas, de um tempo que nao era tao so!

Tinha comigo aqueles dias de sol, espalhados em mim...

as arvores do meu jardim brilhavam...

Os passaros me cantavam melodias de uma vida...

Vida!!!

Essa que com o tempo se perde, ficando apenas aquela solidao, que á noite a visita da lua me recorda, fazendo-me chorar...

Um choro de uma ausencia, de uma distancia de mim mesmo, que nunca estou onde me encontro...

O meu estar é num espaço imaterial que existe para mim, que sou ainda uma finita matéria!

Neste choro sem fim, escrevo palavras e choro poemas sem sentido...

Ha palavras que me empurram, para um silencio que nao encontro! Palavras que espero no meu choro ter sentido!

Entao eu choro, sem ninguem ver!

Traço caminhos diferentes em palavras, que surgem de meus lamentos...

Escrevo palavras presas na garganta...

Choro poemas em minhas lagrimas perdidas...

 

João B

Joca
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