Necessitamos  de mudanças já

Mas nós estamos, sim, perdidos cá
Mudos, calados, doloridos e  já
Abandonamos nossos  amigos lá
 
De frio apodrecendo, sozinhos a aguardar
Pelo  socorro inesperado e assegurar
Sua decadente existência, efêmera.
Que o expõe a essa vergonha extrema
 
Ele é você por dentro, esquecendo-se
Exalando o fétido aroma, decompondo-se
Expira e aspira a uma agonia imensa
 
É seu passado morrendo , hemorrágico
Sua descendência , um enfado trágico
Dera fim a essa inútil persistência
 
Em continuar acordado
E viver condicionado.