O tempo não espera, nem marca encontros pra depois . . .
De repente, passamos um pelo outro, nos vendo pelo canto
na fresta dos olhos, nos ecos do ontem, cara a cara
naquele deslizar do que fomos, pelo que persistimos ainda ser
em perpassar do cingido; vincando algo mais forte que nós . . .
Ressurge o que mal sabíamos, daquele todo
que foi um pouco
[ em tudo que nos escapava
Esmaecemos mas não findamos, só a repetir aquela sede antiga
que até faz gaguejar no pensamento a fala, nessa ocultação
do sim ao inciso não. Arqueja a garganta e a deixa muda
além do que incapacita decifrações, colhido foi o enigma
Conformação sem refúgio, na fronteira dessa fissura . . .
Estranho acorde, síndrome
[ no resvalo de nós
A remontar coisas na mente que fogem; sem nosso cheiro
sem nosso clamor, em abertos espaços de notória ausência . . .
Desânimo aos meus gestos, pontualmente nessa esquina
[ que estremeceu-nos
Em vez que, de quase tocar-te, em resumida (mas devida intensa)
[ lágrima
Foi deixar cristalizar o lamento, já derradeiro . . .
[ pelo que nos resiste
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