Apenas numa dúvida . . .
Foi assim que te quis, assim que me quis, éramos a dúvida
Que não me deixava medir meus vazios como meço hoje
Naqueles dias loucos que as consciências tiniam laminas
E nossas vidas testemunhas cruas, aturdidas no meio
Lançados a sorte de não ter sorte, impactados na vertente
Jamais saberíamos o que faríiamos depois . . . iniciávamos
Juntos, no engasgo do tempo, textura inexata do porque
Retinas alertas e a certeza do corpo, sublevada exaltação
Amávamos, em milhões de instantes, pra daqui a pouco
Após nunca falar do últiimo amor, as vezes do penúltimo
Procurando ser um ou sim, no adiamento entrecortado
De onde provinha isso, de tua ausência me obscurecer
No desamparo de teu gesto, quando não podias nada
Em restando algo sem indicação, talvez logros inaptos
Dos esmaecidos sorrisos, dos nossos doídos ais
Salvados enganos, á beira de nós mesmos . . . em tiras
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