Emaranhados nas carnificinas sociais,

Voam rasteiros os urubus perolados,

Arrastando suas asas ornamentais

Antes de serem marcados e engaiolados;

Cheios de repúdios aos vícios morais,

Perseguidos por corvos de penas entrecortadas

Nos dias e noites, nas manifestações imorais

Nos palcos da servidão das vantagens enjauladas

Em libertar os homens sem óbitos originais

Jogam pérolas das barbaries aos porcos bestilizados

E para as feras da inércia e céticas espirituais.

Nos hospícios vendidos com estercos molhados

E enfilheirados para o abate como animais

Que descem as animalidades acoplados

Como pássaros mamíferos presos aos currais.

 

Carlinhos White
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