163º dia - PRÓLOGO

 

            Esse ontem tão hoje ainda está aqui. Forte e pulsante.

E, desde o momento em que acordei pra esse mundo tão estúpido, alguma coisa aconteceu, fiz planos.

E por um momento achei os raios de astro não mais quentes e agonizantes, mas sim lindos, vivos bem como me sinto.

Pensei por um momento que esse meu reduto noturno ainda tão solitário poderia.

poderia ser assim o nosso Parthenon de amor???

Mesmo muito cedo para conclusões errantes, sigo na certeza de um incerto amor, onde cada segundo que passa, penso: onde você estava? o que fez esse tempo todo? como pude chegar até aqui sem você?

talvez em uma caminhada cheia de desilusões e desentendimentos, e por mais íntimas que elas fossem,  jamais!!

jamais poderiam [ou puderam] ser tão incrivelmente reveladora e cúmplices quanto áquele beijo, já cedo, tendo como testemunhas santos e sinos de uma sagrada morada. 

E desde esse momento a única coisa que me vem à cabeça sao seus lábios,ah !! aqueles lábios que me tocaram depois de tanta discordância e num só segundo fez-me esquecer de toda dessemelhança que PODEria existir entre eu e a minha felicidade, um beijo tão doce e inocente, tão "querendo-conhecer-me" e curiosamente tão excitante que abriu minha mente às carnais pretensões que tão logo desceram por todo meu corpo. É quando abro os olhos e lembro: estou sonhando em vão, outrora essa sorte nunca me acompanhaste, não seria agora que haveria de ser, essas coisas só acontecem uma vez em cada vida e, a minha já se foi, no exato momento em que já em póstero me disse: até amanhã.

 

 

 

 

"C.L"

Diego Mendonça
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