Pessoas são ilhas.
Por mais que todos digam e a sociologia afirme que não, minhas observações me dizem que sim.
Pessoas reclamam quando estão sozinhas, que não tem amigos e etc..
Mas quando alguém entra em suas vidas, elas não comportam “o outro”.
 O outro é complicado, é diferente, mas não vêem que tem que ser.
Cada pessoa é um universo, um mundo, uma ilha e entrar assim porta adentro é sempre uma aventura, seja ela boa ou ruim.
O desconhecido assusta, sempre foi assim e por mais (odeio essa palavra mais a usarei aqui) evoluídos que sejamos ainda não superamos isso.
 
 
Estou numa ilha tenho que estar atento onde piso, o que levo á boca, onde pego...
Tenho que analisar a que horas clareia e escurece, de que lado o sol nasce e se põe, então não seja breve em dizer: eu conheço fulano como a palma da minha mão.
Não se engane.
E por mais que ame, por mais intenso que ele seja, prepare-se, essa pessoa vai magoar você e perdoá-la vai depender de você, e aí sim saberá o quão intenso e verdadeiro é realmente esse amor.
 
Não falo daquele perdoar em que amanhã ou depois vai lembrar àquela pessoa o que ela fez, o quanto ela errou ou o quanto sofreu por isso. O perdão de verdade vem acompanhado do esquecimento total.
 
Então qual a solução? Nunca entrar em uma ilha?
Claro que não, se não onde você morará? você não vai passar a vida toda nadando, senão vai cansar e afundar.
O mundo é perigoso, violento, mas ninguém quer morrer.
Aqui a lógica é a mesma, você tem sim que adentrar, explorar, aproveitar o que há de melhor e quando não mais tiver nada que lhe atraia, saia. Ela pode não ser mais atrativa pra você, mas com certeza é para outra pessoa.
 
Mas isso é apenas mais um escrito entre tantos desta contemporaneidade, que aqui jaz
.... ou não.
 
 

Diego Mendonça
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