Queria que pudesses tocar minha alma!
Queria que tirasses de mim a dor que me sufoca.
A agonia aumenta, ao passar das horas.
Ao se completar o dia!
Não mereço tudo que tenho, tento.
Mas não, não mereço?!
O palhaço que no picadeiro da vida,
Sempre ri, e se equilibra em cordas bambas.
Apesar das tortas e tapas que lhe ferem a face.
Isola-se e sofre teu sofrimento calado.
Quando só.
E a saída?
Já que tem deixado sua “oficina aberta”,
Aquele que não se cita o nome.
Atormenta tua falça e pútrida alma,
Desprovida de fé no momento.
Tão falça e frágil, quanto teu sorriso amarelo, longe e sem vida.
Chega às vezes não querer nem mesmo ajuda de DEUS.
Será que estou só?
Mesmo tão rodeado, tão cheio de amigos!?
Sinto-me só, em meio à multidão que me aplaude...
Num espetáculo, que talvez...
Seja o último suspiro desse falso poeta.
E a mesmo que não me completa.
Infelizmente a tristeza pelos fatos só aumentam.
Por minha culpa, às vezes não.
Mas sou culpado por culpar.
Por culpar primeiramente a mim, me punir.
Por me ferir.
Só queria eu que tuas palavras,
Assim como as mesmas me confortam me curasse.
Calasse minha voz e aguçasse minha audição.
Talvez quieto, ouvindo mais, e não sendo tão sincero.
Quem sabe até um pouco cínico, sádico, pseudo amigo.
Eu seja melhor.
Enquanto reporto a ti meu sofrimento.
Meu amor, meus anjos e meus demônios.
Uma lágrima cai, e sinto tua Aura a me afagar.
Quero colo, abraço, quero chorar.
Quero ser gente.
Quero ser frágil quando tiver que ser ou precisar.
Quero amar.
Quero rir, com a alma, com o coração.
Quero ser gente grande...
Em espírito e satisfação....
                                          (Adriano Carvalho)

Adriano Carvalho
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