Pecado (Quero te sentir.)

 
Pecado... (Quero te sentir.)
 
Quero sentir-te umedecer em minhas mãos,
Enquanto minha língua sem pudor percorre todo seu corpo sem medo.
E meu tato a desvendar os segredos de suas curvas,
Não tão inexploráveis assim, porém nunca tocadas dessa forma.
Minha língua provar o “sal” de teus mamilos petrificados pelo calor exposto,
Provocando a tua libido, sem nenhum pudor.
Oscular tua essência em seu frágil e ardente sexo,
Invadir tua alma, dominar seu corpo, te levar do “INFERNO” do pecado da carne,
A tão sonhada calmaria do “NIRVANA”.
Dando-lhe a mistura perfeita de prazer e dor,
Tocando sua alma sem alcançar teu coração
Invadir-te em um súbito reflexo animal sem avisos.
 E como um susto encontrar teu desejo,
Com força e calma sentindo suas unhas me cortar a carne,
Seus dentes me ferir a pele, sua respiração marcar o compasso da minha.
Nossos corpos fundidos em um único corpo
Onde os fluídos já não mais se separam, e nossos gritos já não mas se sobressaem
Aos gemidos de satisfação.
E ao fim como duas crianças inocentes sem pecados,
Já envolvidos pelo silêncio e calmaria do “depois enojados” não se abraçam,
Já não mais se tocam.
Sem um pingo de sentimento se levantam,
E sem cruzar os olhares arrependidos,
 Escondem seus frágeis corpos envergonhados pelo ocorrido.
E um tanto quanto apressados se vestem e se afastam,
Tentando não se rendar errôneamente a tentação do acaso,
Que outrora lhe tentou o juízo.
                                                                                                                                                                      (Adriano Carvalho)

Adriano Carvalho
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