Meu dono

 
 
No momento não sei quem sou,
Nem como me sinto,
Meu coração murmurou-me
Fazendo-me perguntas
De questões que não sei a resposta,
Questionou-me.
Como acha que me sinto
Aqui dentro de ti?
Será que o sangue ferve
Ao ponto de não me conter?
Confesso-te que me contive,
Para não bater mais que o devido
Causado-te assim dores piores
Que não possa suportar,
Sou generoso ao meu dono
Mas ele não se precaveu,
E não olhou para dentro dele,
E viu que lá não morri
E nem o abandonei,
Porque um dos mais queridos
Dos amigos, compadeceu-se
Das necessidades habituais,
De expulsar sangue nas veias
Tornando rotineiras e normais,
Dentre outras maneiras
Fazendo perceber de algum modo
Que não estou ausente,
E com um dos mais
Encantadores presentes
Que possa te dar,
Descobrindo assim
Os ardores do simples
Fato de amar,
E o dono calou-se.