Palavras estreladas

Palavras estreladas

O silêncio se converteu em uma rotina esporádica?
Desflorei as palavras pensadas – fui calado!
No entanto, não existiu mais verbos repentinos
Que destruíssem um sentimento vital tão eternizado.

Os meros momentos consumados pelo de repente
Deram espaço ao desespero exacerbado.
Eu era consumado pela paciência e com viagens de ida,
Sem nada que representasse o retorno ao presente.

Deste modo revoguei, venerei, embora invisivelmente:
Uma voz que encontrei nas estrelas a céu aberto,
Submerso por inúmeros adjetivos – tão explícito!

Observei as palavras estreladas caírem do céu,
Desintegrando-se ao que sucumbi - sou o culpado!?
Sou o réu da minha consciência, isto pude definir!

Estocolmo, Suécia

Carl Dahre
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