A vida não nos dá trégua, fica à espreita, num descuido nos abocanha.
Se estamos atentos, nos ensina.
Ela é o que fazemos dela.Sou hoje o que lucrei com meu aprendizado.
Às duras penas descobri que somos seres sós.
Que felicidade é questão de escolha, então que façamos a certa.
Venho tentando ser feliz.
O tempo vem me mostrando que não dependo da aprovação de ninguémpara estar bem.
O que quero corro atrás, não desisto de primeira, persisto.
Apesar dos tombos tento não fracassar.
Mas deixo no esquecimento o que não tem que ser.
Não sou do tipo egoísta, estou sempre atenta ao que ocorre no meu entorno.
Não é só em mim que penso,tenho sim empatia.
Me preocupa o sentir do outro, dói saber que alguém possa estar em dificuldades.
Cuido a meu modo das pessoas que me cercam, procuro estar por perto.
Ajudo no que posso, no que não posso, busco ajuda.
Gosto de ouvi-las.Na maioria das vezes quem sofre só precisa ser ouvido, não raro, o desabafo é a cura.
Quero bem estar à minha volta, anseio me ver rodeada de pessoas que não se queixam, que se juntam ao meu propósito.
Divido o pouco que tenho sempre que encontro o  necessitado. 
Sou sem limite quando o doar é um sorriso, uma palavra amiga, um abraço, um como vai você.
Me faz bem dividir, nem que seja só a alegria de viverporque tenho muita e esbanjo.
Qualquer um pode encontrá-la nos meus escritos.
Junto-me com facilidade a todas as pessoas que buscam as outras com o intuito de ajudar.
Em quem não me aprova, não me apego, deixo que vá.
Liberto-me de laços falsos que me atam, dão nó, desperdiçam o pouco tempo que tenho na terra.
Me faz bem meu caminhar liberto com meus versos, ver o brilho nos olhos de quem se alegra comigo.
Nem só de bens materiais vive o homem.
A paz na alma, o sossego é merecido, justo.
Dou sempre um jeitinho nos textos que ouso escrever,  colocando palavras doces para arrebanhar pessoas deixadas no esquecimento.
Vou usando fantasias e encantamentos nas poesias para mostrar a força da palavra.
Nas viagens sem passaporte que faço me refaço.
Nos caminhos percorridos nos versos, no descuido proposital, no jogo das rimas, nos trocadilhos me realizo.
Só preciso mesmo é da liberdade que me dá a minha poesia.
Ela me completa como pessoa, mulher, dela necessito como do ar que respiro.

Maria Isabel Sartorio Santos
© Todos os direitos reservados