Menina-moça, o esperava.
Altivo,
num cavalo branco alado, 
chegaria.
Me tomaria em seus braços e partiríamos, “felizes para sempre.”


Sem hora marcada,
num trenzinho aflito,
que serpenteava ofegante sobre os trilhos,
em busca da quase esquecida estaçãozinha da singela Itanhaém,
chegou.


Cupido,
improvisado pelo destino,
o vento,
semeou ternura nos dois corações
que num ínfimo espaço de tempo tornaram-se um,
pulsando no mesmo compasso,uma canção de entrega.


Ali brotou,
enraizou,
floriu,
frutificou,
espalhando amor verdadeiro,
à sua volta.

Maria Isabel Sartorio Santos
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