Num distante,
Morou a poesia,
Hoje página vazia,
De quem era você.


Já passou,
Toda aquela euforia,
Inquieta alegria,
De abraçar, acolher.


Ficou longe,
Numa curva da estrada,
Todos os sentimentos,
Que traziam sofrer.


Não há mais,
Nos momentos que tenho,
Um cantinho, um espaço,
Que inda caiba você.


Hoje és,
A poeira deixada,
Rosa murcha, amassada,
Pra sozinha morrer.


Porque agora,
Mora em mim a poesia,
A doçura, a magia,
De um novo querer.

Maria Isabel Sartorio Santos
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