Renuncio ao patriarcado em mim
Sua herança ilusória de poder
Ao suposto controle do gênero
Da raça...
Do outro...
A promoção da violência
A escravidão comercial...
Renuncio a naturalização da maldade
Sob a tutela dos costumes
Aos fragmentos dos sentidos
A imposição dos músculos
Sobre a sensibilidade
Aos berros do estrume...
Renuncio a crueldade
Exposta nas entrelinhas da ironia
A invasão da cultura Disfarçada de liberdade
Dos cargos a sexualização
Do encarceramento em nome do amor
Da sessão do espaço da fala
Da diminuição da expressão
Renuncio a meia verdade
Sob a bravata machista
A falta de traquejo com a paz alheia
A ausência de livre escolha
A negação dos sentidos, a intuição
De Evitar ao equilíbrio sensação
Renuncio ao medo
De abrir o peito do ardor da disputa
De se encher de compaixão
Mergulhos nos sentimentos
Escolher a vida
Estender a mão
Renuncio a intolerância
Em todas as suas vertentes
A fala misógina
A cor “legítima”
A especialidade da beleza
A dualidade
A finitas formas de amar
A soberba
A falta de gentileza
A consciência te lembra
Da aceitação do sorriso
Da alegria compartilhada
Da infinitude do amor
Da fé inabalada
Dos corpos não visíveis
Do conselho da alma
Do equilíbrio de tudo
das possibilidades possíveis
no presente que acalma....
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