No seio da Amazônia
Segue o sujeito da extensão
Aprende e reaprende todas as certezas
Que havia até então
Constrói amizade
Promove a fertilidade
No duro solo da comunidade
Trincheiras deixadas pela disputa
Sonho do ouro, terra, eldorado
Transformado nos calos da luta
Limite deixado pela mineração
Madeireiros, jagunços, balas e calafrios...
Ressuscitada na lida diária e na dedicação
Do camponês, extrativista, indígenas, quilombolas e ribeirinhos
Que a vida dedica a sua transmutação
Encontra dificuldades, riscos incertezas
No meio da formação
Anseios medos e desamparos e carências
Conhecimento não letrado devastados pela negação
A mesa as regras, protocolos, blocos
Pedidos no valor da burocratização
Números encantados na força bruta
Nas veias da comercialização
Saldo de veneno, capim e gado
Pautados nos olhos e almejo
Aflorada no campo como única solução
As estradas, corredores de desafios
Lamas, buracos, piçarra solta
Poeira, ladeira molhada
Só enfrentadas com rodas e coragem
No compromisso do ofício
Com a construção do conhecimento
Do projeto, da solução compartilhada
Com indígenas, camponês, ribeirinho, quilombola, extrativista
Na complexa e aventureira saga extensionista.
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