Naquela casa pequena havia,
O pai, a mãe, os irmãos e a tia.
Sempre era aquele alvoroço,
Quando a mãe servia o almoço
Eu tinha muito dó dela,
Quando era frango na panela,
Era uma briga sem jeito
Pois todos queriam o peito.
 
A irmã mais nova sempre atenta,
Logo pegava a tigela de polenta
Delicada falava com todo jeito,
Só come a polenta se me der o peito.
Outro se apossava do macarrão,
Enchia logo seu pratão,
Não se importando se iria faltar
Para outro irmão se alimentar.
 
Meu pai gritava zangado.
Me passa logo o guisado,
A tia logo fazia picuinha,
Se a mãe comia na cozinha
Outro fazia alvoroço,
Pois queria o pescoço.
Outro revirava a panela,
Pois queria comer a moela.
 
Outro de um modo incomum
Muito porco, soltava um pum.
Era aquela gritaria,
Escarrava-se a titia.
 
 
Eta família bagunçada!
Desculpa-me, mas não te interessa
Saber desta família às avessas,
Vamos mudar de assunto,
Vamos falar da tua família
Que é tão perfeita.