Preciso ir não posso ficar,
 
o desejo é muito,  não dá pra ficar...
 
Ficar sem os beijos, o olhar, os cabelos.
 
Aí que choro, em lágrimas me afogo, engasgo,
 
Me embarga a voz e veloz o pensamento
 
penetra e vira marca.
 
Marcas de tão sem razão, não se extrai,
 
nem de mim subtrai a dor da ausência.
 
Pensando bem nem preciso ir
 
já estou lá onde o pulsar é rápido
 
quente que nem a mente percebe,
 
Quando se dá conta já perdeu a conta
 
dos desejos dos beijos
 
dos olhares que quis dar e receber.
 
Preciso ir não posso ficar.

Lúcio Ernesto Caixeta
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