As meninas secretárias, comprimidas no fichário, esprimidas no salário;oprimidas na direção. São modelos lá no morro, bonequinhas no salão. Brincam com os desejos do operário; fazem a festa do patrão. Filhas prodigiosas,orgulho dos pais , futuro da nação. Viram prosa, em muitas bocas, outras meninas desocupadas , que vagueiam na estação.

Observando as jóvens meninas correndo apressadas, com medo perderem o emprego, por atraso. Todas pobres, correndo em busca de sucesso.

Avenida paulista

Poesias de um proletário poeta
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