Venho te ofertar tudo de mim
Como prova de um amor insano,
Chego pleno, ousado e assim
Não digas amor que sou leviano.
 
Comigo trago uma rosa carmim,
Roubei-a de alguém num ato profano
Se estou louco não importa, enfim
O que vale é o meu amor soberano.
 
Cuja história se ouvirá muito tempo depois,
Sã ou insano, tanto faz; amada, pois,
Venho te ofertar tudo aquilo que me resta:
 
Uma ser que ainda chora, geme, e grita
Um coração transido que se agita
Um peito ardente e a alma em festa.
 
 

henrique ponttopidan
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