POEMA EM CONSTRUÇÃO


 
Quando os teus olhos eu vejo
Desejo
Morrer nos teus braços morenos.
Ao menos
Terei um final para dar-te:
Amar-te...
E a minha história em parte
Contar-se-á junto a tua
Nós dois unidos, sob a lua,
Desejo ao menos, amar-te.
 
Quem pode desfazer o amor?
A dor.
Quem é capaz de guardar segredo?
O medo.
Quem entre vivos é mais forte?
A morte.
Por isso apelarei para a sorte
No lugar certo, na certa hora,
Mandarei para sempre embora
A dor, o medo, a morte.
 
Como se dará então o fim?
Quem sabe.
Resta apenas viver o momento.
O vento
Levará para longe o sonho
Tristonho,
E em meio ao pesadelo medonho
Nada será como antes,
Pois virá segredar aos amantes
Quem sabe o vento tristonho.
 

henrique ponttopidan
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