Criança de Favela

 Correndo a brincar,
Sem brinquedos ali estar,
O que lhe basta é a imaginação,
Pois brinquedos como os terão?
Se lhe falta até os alimentos, até um pedaço de pão.
São galhos secos no chão, que se tornam os sabres das cores de cada imaginação,
E travarem as mais fantásticas batalhas que a galáxia veria,
São tocos, latas, pedras, virando naves velozes, sons emitidos com a boca são motores e canhões,
O chão seja asfalto ou terra batida, vira palco para os mais incríveis duelos, perseguições, 
Os obstáculos do solo fazem o espetáculo da imaginação.
Em meio a tantas faltas,
Vemos crianças felizes e contentes
Em meio às adversidades sobra imaginação, e esperança que dias melhores virão.
O sonho do vídeo game de ultima geração,
Ilusões do eletrônico bobo são bem mais felizes e livres que se os tivessem 
Pois, suas fantasias são reais e os levam de vilões a heróis,
Em uma historia com começo e meio e sem fim.