Na busca do meu ser arranquei a vaidade
Até compreender que velhos tratados
estão empoeirados
Não me garantem a tal felicidade

Sou refém de mim
Sozinha no meu quarto
A verdade que ontem me sorriu
Já não encontra espaço
Transformou-se na mentira
Que hoje me obriga a fugir
Das promessas do passado

Sou refém de mim
Pago o meu resgate
Em dólar, ouro ou trabalho forçado
Sei que nada é garantia
Além da chance de apostar em mim
E viver o que é real de fato

JU, poetando...
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